Resenha: “almas marcadas por tragédias podem ter uma segunda chance da vida”
Neia Gava Rocha
(Coluna Entrelinhas)
www.dahoraes.com
Depois de uma longa ressaca literária, ocorrida por fatores diversos e alheios à minha vontade, finalizo a leitura do inebriante romance O Farol e a Tempestade, do talentoso escritor Romulo Felippe. E passo a tecer algumas impressões sobre esta obra que cativa o leitor em cada novo capítulo.
De certo que preciso mencionar o meu encantamento por este livro tão cheio de surpresas em suas páginas. Fui surpreendida dezenas de vezes, o que, para um leitor, é algo fascinante, pois vai além daquelas expectativas criadas ao analisar a capa e a sinopse de uma bela obra.
Os personagens Sam e Anne receberam uma segunda chance da vida: o escritor Samuel Jones, enclausurado numa ilha, chora a dor da perda trágica de sua esposa e do seu filho. E, por isso, não vê mais nenhum sentido em sua vida. A fotógrafa Anne sofre um grave acidente aéreo. O seu amigo morre. Mas ela foi levada pela tempestade para perto da ilha onde Sam vive tristemente.
O escritor, num momento de pura tristeza, vê o clarão do acidente aéreo. Esquece o seu plano de autodestruição e corre em direção ao local onde o pequeno avião caiu. E encontra a fotógrafa desfalecida. Sam tenta reanima-la. Já desesperado.
“E se a vida lhe desse uma segunda chance?”
Esse questionamento está na capa desta grandiosa obra literária, e traz respostas surpreendentes em suas entrelinhas. Afinal, Sam, enclausurado em sua tristeza autodestrutiva na Ilha de Farethon, tem sua vida recuperada com a chegada inesperada da fotógrafa. E Anne, após o desastre aéreo, também tem uma segunda chance, sendo salva pelo escritor.
Mas o livro guarda muito mais surpresas para os leitores. São capítulos repletos de emoção, surpresa e esperanças. Suas páginas revelam que almas marcadas por tragédias podem ter uma segunda chance da vida.
“Basta um facho de luz para vencer a escuridão”.
Link da resenha:
Um farol na tempestade