Segundo o blog @semprelendobypri, O Farol e a Tempestade é “um romance encantador. Cheio de emoções, descobertas, aprendizado e recomeços”
por @leiturasdananny
(equipe @semprelendobypri)
Recife – PE
Samuel Jones teve diversas perdas em sua vida e decidiu se isolar na pequena ilha de Farethon. Desiludido pela vida, Sam acha que não merece mais a felicidade; mesmo sendo um escritor renomado, abre mão do convívio com outras pessoas, e é em Farethon onde ele se refugia e escreve seus livros, cada qual com uma carga emocional diferente, todos densos, expressando sua dor nas páginas em branco de sua antiga máquina de datilografia.
A Paz na pequena ilha muda quando um clarão rasga o céu e um avião cai ali próximo. Dos três tripulantes, apenas Anne Crawford sobrevive. Ela é uma fotografa também renomada, que estava voltando de um trabalho quando em meio a uma tempestade, seu avião cai no mar caribenho e ela fica a mercê da sorte.
Com a ajuda de Sam, Anne é resgatada, porém sem memória; ela precisa aprender a confiar em Sam e em seus extintos, e tentar reorganizar suas memórias que vêm como flash e a deixam desnorteada. Sem comunicação desde a tempestade, eles torcem pra que logo alguém apareça para trazer suprimentos, resgatar Anne e ajudar na reconstrução da ilha.
O que era para ser apenas um convívio casual, logo se torna uma paixão avassaladora. Eles acabam encontrando forças um no outro pra se reerguer, e ter esperança num futuro melhor. Mas a vida é implacável e logo trata de lhes puxar o tapete mais uma vez e abalar o relacionamento em construção, lhes lançando novamente em meio ao caos.
Este livro é simplesmente lindo. A escrita do autor é fluida e a história nos envolve a cada novo capítulo. Aos poucos vamos desvendando os mistérios do passado de Sam e sentindo sua dor: suas perdas foram irreparáveis e a culpa o acompanha desde então.
Quanto a Anne, sua perda foi gradativa, mas não menos dolorosa: quando todas as verdades vêm a tona e todas as peças se encaixam, vemos o quanto ela é uma mulher forte, por seguir em frente mesmo sentindo dor, por abrir mão de um passado sem futuro e por se permitir amar novamente.