em uma ilha remota do Atlântico Norte. A vida lhe tirou tudo aquilo que ele mais amava. E Sam está próximo de afundar na escuridão. Do outro lado temos Anne Crawford, uma fotógrafa nova-iorquina sem esperanças de uma vida feliz.
E a partir daí?
Uma noite tempestuosa faz com que seu avião monomotor caia nas proximidades da Ilha de Sam, que a salva e a leva para o Farol. A partir desse advento há uma explosão de dores e de descobertas. Revelações que soam como um passeio de montanha russa. Será que é possível fundir algum sentimento de duas almas estraçalhadas pelo passado? É o que o livro se propõe.
Então o livro fala sobre amor.
O Farol e a Tempestade é um romance com viés dramático. Uma obra que vai além do amor entre um homem e uma mulher. É a clara demonstração de que podemos recomeçar, de que podemos nos reerguer por mais desesperadora que esteja a sua vida.
Como é saltar da fantasia medieval para a escrita de um romance?
Escrevi o Farol para, de alguma forma, mostrar ao mundo a minha visão do amor. Porque, e eu acredito nisso, o amor é também feito de imperfeições. De reconstrução. Creio que o ser humano, no geral, é concebido de pedaços. E não de algo inteiro. Pedaços que, quando unidos uns aos outros, formam algo maior. Algo mais completo. E foi isso que eu quis demonstrar com o meu novo livro.
Qual o grau de dificuldade em escrever uma história de amor?
Por mais que pareça o contrário, é preciso que se diga: escrever um romance é tão ou mais difícil quanto uma fantasia medieval, por exemplo. Quantas pessoas pegam em uma espada junto a batalha? Hoje nenhuma, no mundo moderno. E quantos amam, de fato? Todas. Então, o escritor de romances acaba por descrever em suas obras aquilo que todo ser humano conhece em função do próprio instinto: o amor. Costumo brincar dizendo que, você pode enganar o leitor (no bom sentido) sobre aventuras medievais e afins, mas jamais o fará quando falamos das coisas do coração.
A sua esposa, pelo que consta, teve um papel preponderante na obra.
O livro é uma homenagem à minha esposa, que é um farol na minha vida. São páginas que, muitas vezes, remetem a dores – é verdade – mas a busca pela redenção é constante. Os personagens redescobrem os sentimentos e reencontram prazer nas pequenas coisas da vida. O Farol é um livro de descobertas e de renascimento. Acredito que todos nós temos direito a uma segunda chance, por mais escura que esteja a nossa vida.
FICHA TÉCNICA
Título: O Farol e a Tempestade
Editora: Novo Conceito
Autor: Romulo Felippe
Páginas: 306
Crédito Da foto: Erika Medeiros