Escritora brasileira detalha sua visão sobre O Farol e a Tempestade: “a descrição de Farethon é imersiva… me vi vagando pela ilha”
Ida Borchardt
(Escritora)
O Farol e a Tempestade
Editora Novo Conceito
Romulo Felippe
2019, 304 p.
Sou fã de carteirinha da escrita do Romulo. Gosto dos personagens que cria, das ricas descrições de cenários e desde a primeira página você percebe nesse livro uma paixão do autor pela estrutura do Farol e pelo mar.
O livro é cativante. Você se vê querendo entender porque Sam escolheu o exílio naquela ilha, querendo entender como o que afeta tanto Anne em relação a filha. Fora que a própria descrição de Farethon é imersiva: confesso que me vi vagando nos pensamentos sobre como a Caverna do Coração e o Cais do Purgatório. São lugares que eu amaria conhecer.
O florescimento do relacionamento dos dois é afeto puro. Lembra a ideia de uma concha marinha: delicada em aparência, mas resistente quanto se tenta quebrar.
Por sinal, Ivan consegue ser um bom “vilão”. Cria empecilhos, irrita sempre que aparece na história e tem o seu lugar, não sendo um personagem que sobra.
Um comentário a parte sobre o projeto gráfico: amei as ilustrações no livro todo, o farol no número da página e a diagramação da obra: um trabalho visual fantástico!
Ps. Romulo, você ainda está me devendo uma garrafinha azul…
“__ Você perdeu o seu coração aqui, faroleiro?
__ Talvez tenha perdido (…)”
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