Análise literária sobre a fantasia Monge Guerreiro, em edição em capa dura da editora Cavaleiro Negro
Paulo Henrique
(membro do Reino dos Livros)
Esmeralda, MG
[MONGE GUERREIRO, ed. Cavaleiro Negro – Romulo Felippe]
“Em um só coro, sem temer os perigos para além das seculares muralhas – sem temor algum até mesmo no combate contra o mais feroz inimigo de Cristo – os templários declamam as palavras que os tornaram lendários e temidos por onde quer que cavalguem.
– Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini tuo ad glorius (Não para nós, Senhor, não para nós, mas para a glória do Teu Nome)…”
Após meses e meses querendo ler Monge Guerreiro, finalmente pude adquirir essa obra, relançada pela Cavaleiro Negro. Deixei séries, vida social e etc de lado, e infelizmente terminei (engoli) o livro, pois a história me prendeu muito. 😂/😢
Primeiramente gostaria de falar da edição, perfeita!
Capa dura, folhas amareladas, texto bem distribuído. Capítulos curtos que facilitam e deixam a leitura bem mais leve e fluída.
Agora sobre a história; Romulo tem uma escrita primorosa, e como disse acima, os capítulos curtos e bem elaborados, não nos deixam perder o foco da história, que tem muitos personagens, apesar das poucas 386 páginas, e ela flui levemente, e você nem vê que de repente já está dando 1h/2h da manhã (sério).
Os personagens e lugares são incríveis, o autor utiliza bem uma mistura de culturas e povos diferentes, tudo muito organizado/elaborado dentro do desenrolar da história, vamos dos monges miguelinos às florestas povoadas por reis nórdicos!
Há também personagens históricos, como o rei Luís IX da França, o Papa Gregorius IX, até mesmo o filho de Gengis Khan.
A fantasia está inserida numa medida certeira, os aspectos místicos trazem uma emoção e um suspense a mais na leitura.
Pra finalizar, acredito que a história se trata de jornadas, não somente uma jornada de perigos e aventuras, mas uma jornada de fé.
Esse aspecto ‘religioso’ presente no livro é desenvolvido de uma forma madura pelo escritor, e caso você leitor, não seja agraciado pelo dom da fé (como é o meu caso), mesmo assim você é envolvido por essa comoção, principalmente através do personagem principal, o guerreiro Bastian.
Um ser humano que busca redenção através de sua fé.
” – Você é um homem bom – diz, olho no olho. – Vejo a pureza de um menino em seus olhos e não a frieza de um assassino.”
Sobre o final dessa história linda?
Bem, me emocionei bastante!
Que livrão!
Peço desculpas pela simplicidade das palavras, não sou muito bom em resenhar, mas amei o livro e obviamente como todo bom brasileiro estou orgulhoso dessa beleza nacional.